O nome Runas, do germânico runo, que significa secreto, aplica-se aos caracteres que os povos germânicos utilizaram antes da sua conversão ao cristianismo. Destinguem-se as Runas escandinavas, utilizadas na Noruega, na Suécia e Dinamarca, as Runas alemãs utilizadas pelos saxões do Norte do Elba e as Runas dos anglo-saxões.
As Runas, quase todas gravadas sobre rochas ou túmulos, nunca serviram na prática literária. Cairam em desuso na Alemanha no séc. VIII e em Inglaterra no séc. X, logo que estes povos aderiram ao cristianismo e adoptaram a escrita latina. Manteve-se na Escandinávia até ao séc. XIV, podendo-se encontrar, em algumas províncias suecas, ainda no início do séc.XX, camponeses que sabiam ler as runas locais. Este alfabeto que deriva de uma mistura de letras gregas e latinas, parece ter sido inventado no início do séc.III d.c. pelos Godos instalados na costa Nordeste do Mar do Norte, na junção da civilização helénica com a romana.