A 'Gazeta da Restauração', criada em 1641, foi durante muito tempo o único farol da imprensa periódica em língua portuguesa.
Antes, porém, já a arte de Gutenberg havia sido introduzida em Portugal (c. 1487) e levada para o Extremo Oriente. Na transição entre o século XVII-XVIII, não existia qualquer periódico. Segundo o historiador José Tengarrinha, O Mercúrio Portuguez sai, pela última vez, em 1667 e só em Agosto de 1704 surge um novo periódico, a Gazeta, da qual se conhecem apenas dois números.
As actividades da Inquisição amedrontavam a sociedade de então, pertencendo à segunda metade do século XVII alguns dos seus maiores crimes: o Pe. António Vieira é preso durante dez anos; e Serrão de Castro, autor de "Os Ratos da Inquisição", é queimado vivo, num dos autos de fé com maior pompa realizados em Lisboa (1682).

 

Registe-se que na base da perseguição a António Vieira está um livro por ele enviado do Brasil para André Fernandes, bispo do Japão. Chamava-se: "Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo: Primeira e Segunda vida de El-Rei D. João IV em carta ao Bispo do Japão". Tinha 17 páginas e o manuscrito está datado de 1659. Na transição do Séc. XVIII para o XIX, apenas se publicavam o Correio Mercantil e Económico de Portugal, o Comboy de Mentiras e, possivelmente, a Gazeta oficial.

As principais publicações periódicas editadas nas diferentes regiões e países estão inscritas na cronologia.


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